E primeiro post do meu querido blog vai para… Hahahahaha
Ter um filho sempre foi um sonho e quando me vi grávida, eu mal podia acreditar que havia se realizado. Embora o período da gravidez tenha sido tranquilo, me via angustiada com muitas coisas que lia nas redes sociais – mesmo em lugares pretensamente desenvolvidos por e para mães. Lugares que, no meu ponto de vista, deveriam ser cercados de aconchego e acolhimento, revelavam-se cheios de hostilidade. Que triste!
Quando meu filho nasceu, todas as minhas certezas acumuladas ao longo da vida foram por água abaixo! Ele era lindo, saudável e querido por todos, MAS isso não me tornava segura das minhas habilidades (?) de mãe. Cada vez mais ansiosa, eu não conseguia confortá-lo, não sabia porque ele estava chorando. “Que tipo de mãe não sabe (ainda que, por mágica) o motivo do choro de seu filho?”, eu me perguntava.
Confesso que eu tinha muitas ideias formadas por pessoas cheias de certeza, mas que não estavam funcionando para a minha realidade. A cada novo desafio, me sentia impotente. Amava meu filho mais do que tudo, mas não entendia um monte de coisas que se passavam com ele.
Até aqui, ele tem me mostrado que nem sempre as coisas “tem que ser” de uma determinada forma. Nem sempre. A gente tem uma ideia, tenta, insiste nela. Mas às vezes o ideal para a nossa realidade é outra coisa. Aquela teoria – muito válida, aliás – não se aplica para nós. Sigamos, então, em busca da teoria que nos serve – e se não encontrarmos, mãos à obra na elaboração da nossa própria ideia!
A mensagem que eu gostaria de deixar para iniciar o blog é: cuidado ao falar. Tudo, sempre. Quando estamos grávidas, a impressão que eu tenho é que surge um monte de gente que “sabe tudo” e gosta de desequilibrar as “grávidas zen” e deixar as “menos zen”, ainda mais tristes e aborrecidas. Ainda bem que depois que o bebê nasce isso passa, né? Não. Não passa. Essas pessoas sem noção simplesmente BROTAM na nossa frente, disparando pitacos sobre a nossa vida, nossa forma de agir, nossa alimentação, amamentação, higiene do bebê, escolinha, babá, limites, rotina de sono … Nossa! Mais do que nunca, as mães tem todo o meu respeito, porque ter que lidar com esse tipo de gente não é nada fácil.
Um ambiente de troca de experiências, de gentileza, de amizade, de desabafos – é o que eu espero para este blog. É com imenso carinho que, hoje, ele nasce. Obrigada, obrigada, obrigada às minhas amigas que me encorajaram. Espero que vocês e outras mamães (e madrinhas, tias, amigas) se sintam à vontade aqui.
Um grande beijo!
Samia-Mãe